Bom dia a todos! Parabéns pelo Culto de Gratidão Mensal.
Meu nome é Denize Taniguchi e gostaria de relatar aos senhores minha experiência de fé através do Donativo de Construção do Memorial Mokiti Okada.
Em 2012, tive a permissão de me casar após 5 anos de namoro. Espiritualmente e materialmente tornamo-nos marido e mulher, e naturalmente surgiu entre nós o sentimento de querer filhos. Imaginei que logo engravidaria, porém como todos nós sabemos, as coisas não acontecem no nosso tempo mas sim, no tempo de Deus.
Nesse espera pelos filhos, se passaram 1 ano, 2 anos e nada. Mesmo tendo consciência de que tudo tem a sua hora certa, a alternância entre a expectativa de uma possível gravidez, e a decepção todos os meses me deixavam frustada. Tinha a sensação de que Deus estava me testando pois sempre que estava chateada por saber que não estava gravida, aparecia alguma pessoa gravida ao meu redor. E eu me perguntava por que só eu não tenho permissão? Por mais que tentasse esconder minha tristeza, as perguntas como [quando vocês vão fazer um filho?] ou [é melhor ter filhos logo porque depois de velho da trabalho]~me chateavam profundamente. Não foram poucas as vezes em que segurei as lágrimas e me esforcei para dar um sorriso super amarelo rezando para ninguém perceber meu sofrimento. Tentava entregar a Deus todo esse sentimento de tristeza e apego que surgia dentro de meu coração porém, não conseguia. Quando me deu conta, o sentimento que fui guardando dentro de mim, estava corroendo até mesmo o meu casamento. Todos os dias, o Adilson chegava do serviço cansado e estressado. E eu ficava irritada pensando por que ele tem que descontar em mim? Ele não queria falar sobre seus problemas e não me dava quase atenção. Assim, o sentimento de culpa-lo por não termos filhos foi se tornando um meio de aliviar minha consciência. Naturalmente, o assunto sobre filhos, foi se tornando algo que era preferível não ser comentado dentro de casa. Diante dessa situação, no início de 2015, comecei a pensar sériamente na possibilidade de retornar ao Brasil sozinha para refrescar minha mente e pensar no que faria futuramente.
no dia 31 de Janeiro, percebendo algumas mudanças em meu comportamento, o Ministro Sandro me chamou para fazer entrevista, e finalmente consegui desabafar esse sentimento que guardava dentro de mim ao longo desses anos de casado. Durante a entrevista, o Ministro me colocou a refletir sériamente sobre uma realidade que eu tentava fugir. Ele me orientou que não é o fato de ter ou não ter filhos que nos faz mais feliz ou não. Deus nos ama igualmente em ambas as situações. Essas palavras foram diretamente ao fundo do meu coração. O ministro também me colocou a refletir sobre o sentimento em que vinha lidando com o Adilson. No fundo eu o culpava pelo fato de não termos filhos, mas sabia que na realida o que mais atrapalhava, era o meu forte sentimento de apego em querer que as coisas acontecessem no meu tempo e do meu jeito. O ministro me orientou a abraçar esta purificação, e me esforçar em praticar o desapego pois caso contrário, mesmo que meu destino fosse de ter filhos, era bem provavél que eu não receberia essa permissão.
Após a entrevista fiquei a refletir e no dia seguinte, dia 1º de Fevereiro, após o Culto Mensal, sentei para conversar com o Adilson. Olhei em seus olhos e pedi perdão por ter culpado ele durante esses anos pelo fato de não termos filhos. Disse que no fundo a culpa era minha pois vinha acumulando grande sentimento de apego dentro de meu coração
Após esta conversa, decidimos que no mês de Março, fariamos um donativo especial para a construção do Memorial Mokiti Okada. Já haviamos conversado anteriormente sobre a vontade de fazer esse donativo porém, dessa vez, decidimos que fariamos esse dovativo juntos, e com o sentimento de salvar nossos antepassados que estavam manifestando o forte sentimento de apego atavéz da purifação que estavamos vivendo.
Neste mesmo dia, durante a oração vesperal orei a Deus assumindo o sentimento de apego que existia dentro de mim, e fiz o compromisso de que mesmo sabendo que seria difícil, iria me esforçar para aceitar o meu destino ao lado do Adilson da melhor forma possível, seja este o de termos filhos ou não. Após a oração vesperal o Adilson olhou para mim e falou [como o poder do Sonen é incrível]. Segundo a ele, depois que fiz entrevista com o Ministro Sandro, eu estava diferente, havia ficado mais bonita. Ao ouvir suas palavras fiquei surpresa pois já não ouvia elogios assim a algum tempo.
No dia 4 de Fevereiro, antes do Culto do Início da Primavera, eu e o Adilson fomos diante o Altar do Solo Sagrado de Atami e fizemos uma oração especial a Deus a Meishu-Sama e aos nossos antepassados. Em nossa oração, pedimos perdão pela forma que viemos vivendo, e se o fato de não termos permissão de gerar filhos nessa vida era devido não termos cuidado bem de nossos filhos em vidas passadas, que por favor nos perdoa-se pelo pecado que viemos acumulando, e que direciona-se nossas vidas para o melhor caminho possível.
Após este dia eu e o Adilson começamos a viver nossas dias da melhor forma possível. Sem se prender ao fato de querer filhos ou não. Queriamos simplesmente preencher o tempo que perdemos nos apegando em que as coisas acontecessem do nosso jeito. Voltamos a fazer dotativo diário, trocar Johrei e começamos a sentar para ler ensinamento juntos, praticas que estamos nos esforçando para realizar diariamente até hoje. Começamos também, a pensar na possíbilidade de ter um cachorrinho para me fazer companhia em minhas caminhadas.
Ao longo do mês de Fevereiro, o carro quebrou repentinamente e começaram a acontecer imprevistos que foram balançando nossa situação financeira, mas logo pensamos, Deus esta nos testando para ver se nós não vamos desistir de fazer o Donativo Especial para a construção do Memorial Mokiti Okada que haviamos determinado. Logo entregamos nossas preocupações a Deus e Meishu-Sama e reafirmamos que tudo daria certo e fariamos o donativo.
No início do mês de Março, percebi a ausência de minha menstruação. Algo me dizia que eu estava grávida porém, sempre tive um ciclo menstrual meio desregulado e estava cansada de espectativas. Havia determinado dentro de mim que abraçaria a purificação e me esforçaria para eliminar meu apego, então não achava provável engravidar justo naquele mês. Mas como mais uma vez afirmo, as coisas não acontecem no nosso tempo mas sim no tempo de Deus. Na semana seguinte a gravidez foi confirmada. Não sabia como reagir, simplesmente estava assustada com a repentina gravidez. Comuniquei ao Ministro Sandro que também se assustou, mas me orientou que Deus está no comando de tudo. Se eu engravidei agora é porque Deus determinou que agora é o momento, e a continuar me esforçando em praticar o desapego e não querer que as coisas aconteçam no meu tempo e do meu jeito mas sempre entregar nas mãos de Deus. Ao longo desses meses, tenho me esforçado em pensar desse modo. Hoje consigo entender um pouco que a benção de gerar um filho não é um mérito meu, mas sim uma missão que Deus me conscedeu. Senti na pele que realmente o fato de gerar um filho não me fez mais feliz ou menos feliz que os outros. Pois sinto que independente da situação Deus nos ama da mesma maneira. As vezes de um jeito que nos parece bom as vezes não.
O fato de desconbrir a gravidez antes de realizar o dotativo especial para a construção do Memorial Mokiti Okada, nos ajudou a direcionar o nosso donativo não só a entregar nosso apego, mas também, a dar forma a gratidão que sentimos pelo fato de termos o Johrei, os ensinamentos de Meishu-Sama e as orientações de Kyoshu-Sama que são essenciais para conseguirmos ultrapassar nossas purificações.
Agradeço profundamente a Deus e Meishu-Sama, e aos meus antepassados pelo aprendizado que vem acompanhado de cada purificação que conseguimos ultrapassar.
Ao Ministro Sandro por pacientemente nos orientar e a Família Nova Era por nos acolher a todo momento.
Muito Obrigada.
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